A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) definiu um reajuste máximo de 9,63% para os planos de saúde individuais, válido de maio de 2023 a abril de 2024. Isso afeta cerca de 8 milhões de usuários de planos individuais. O cálculo considerou um IPCA expurgado de 5,73% e uma variação de despesas assistenciais de 12,69%. No ano passado, o reajuste foi de 15,5%, o mais alto da história do setor, enquanto em 2021 houve uma redução inédita de 8,19% nos preços dos planos individuais.

Por outro lado, os planos coletivos por adesão, adquiridos por meio de entidades de classe, tiveram um reajuste de 23% este ano, e os planos de pequenas e médias empresas aumentaram entre 16,7% e 24,9%. Essas modalidades tiveram um crescimento significativo nos últimos anos, representando cerca de 13% da base total de usuários.

O reajuste de 2023 é visto pelas operadoras como uma forma de equilibrar as contas após dois anos de desequilíbrio devido aos impactos da pandemia, bem como a crescente judicialização e acréscimos de cobertura não prevista pelo rol de procedimentos reconhecidos pela ANS.